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Prefeita anuncia criação do Centro de Atendimento à Criança e ao Adolescente em SJB
A prefeita de São João da Barra, Carla Caputi, anunciou nesta quarta-feira, 11, no auditório municipal, a criação do Centro de Atendimento à Criança e ao Adolescente e a Patrulha de Atendimento à Criança e ao Adolescente. O Projeto de Lei será encaminhado à Câmara de Vereadores para apreciação e a expectativa é que ambas as iniciativas, se aprovadas pelo Legislativo, entrem em funcionamento no dia 8 de dezembro, no Centro Municipal Emergência. “Estamos aprimorando o que o município já oferece, somando forças com nossa equipe técnica das secretarias de Educação, de Saúde, de Assistência Social e Direitos Humanos e de Segurança e já desenvolvemos um fluxograma para atender as vítimas de violência e abuso sexual, mas detectamos a necessidade de centralizar, para potencializar e dar mais celeridade a esse trabalho, prestando um atendimento 24h, sendo mais acolhedor, humano, sigiloso e ético, para não expor ainda mais as vítimas. Este Centro é mais uma ferramenta criada pela municipalidade para dar assistência às crianças e adolescentes”, declarou Carla Caputi. O anúncio da prefeita ocorreu em um encontro com a presença de todas as secretarias envolvidas para que os profissionais de cada uma delas pudessem discutir, fortalecer, articular e alinhar a rede de proteção visando garantir segurança e cuidado por meio de ações estratégicas integradas. O resultado foi o aprimoramento do fluxograma de atendimento que ficou mais enxuto e dinâmico. Na oportunidade, a enfermeira e policial civil Alice Alves Faria e o técnico em necropsia patológica e tanotopraxista André Luiz Pessanha Pereira fizeram uma explanação sobre o Projeto de Prevenção e Enfrentamento à Violência Infantojuvenil, desenvolvido desde 2024 nas escolas do município em uma parceria com a Prefeitura. – Observamos que existem várias portas de entrada para essa vítima. A criança, por exemplo, pode ter um relato espontâneo na escola e falar para o professor o que está acontecendo ou o professor identificar algum comportamento. Por isso, a importância de estarmos na comunidade escolar levando informação para os profissionais da educação, para as crianças e para os pais e responsáveis. A gente precisa levar a informação com o objetivo de prevenir a violência, mas, já ocorrendo, é preciso também organizar um fluxo de atendimento para enfrentar essa violência – ressaltou a policial civil. Um dos pontos mais chocantes do encontro foram os casos de violência contra criança e adolescente apresentados para que todos pudessem refletir sobre a importância do tema. “Trouxemos neste encontro a realidade do nosso trabalho policial com a intenção de sensibilizar as pessoas, mostrando a real crueldade que as crianças vivenciam no dia a dia. A gente acolhe a vítima, mas, ao mesmo tempo. a gente também lida com o criminoso, que cabe à autoridade policial e judiciária punir. O que a gente tem que pensar é na proteção à criança e ao adolescente. Precisa sensibilizar e trazer à tona que nossas crianças estão sendo, infelizmente, vítimas de violência. A demanda é cada vez maior e precisarmos sensibilizar o profissional e mostrar que todos, cada um com a sua sabedoria, tem potencial para fazer o melhor e tentar cada dia mais reduzir a estatística de violência sexual infantojuvenil”, completou Alice. Participaram do encontro o subprocurador geral e a subprocuradora adjunta, Sérgio Vitor Lobato de Souza e Raquel Sanguedo, os secretários municipais de Educação, Daniel Damasceno, de Assistencia Social e Direitos Humanos, Aline Pontes, de Saúde, Arleny Valdés, e de Segurança Pública, Anderson Campinho, além de profissionais de diferentes áreas das pastas citadas. Também esteve presente o inspetor da 145ª Delegacia de Polícia Civil, Messias Moraes.




